Carnavalizando em Nazaré da Mata/PE


               A história da folia  na Terra de Lagoa Dantas, nos leva à 1864 onde cadetes e inferiores organizaram  um grupo para celebrar o carnaval com pífanos, caixa de guerra e zabumba, antes disso o povão alegremente celebrava esse festejo  ao seu modo, era o Entrudo, homens, mulheres e crianças guerreando com frutos apodrecidos, barro de purgar açúcar, águas enlameadas, alguns usavam um  líquido sujo e fedorento que eram jogados bem longe,  com uma seringa feita de bambu, onde  fazia a alegria de muitos e tristeza de poucos, lembrando muito o carnaval do estudante nos dia atuais, onde jovens de várias idades se utilizam de graxa automotiva para se lambuzarem . Depois a substância fedorenta foi substituída por líquidos aromáticos.
                   Anos mais tarde a orquestra saía na rua com trombone, bombos e pratos, no alvorecer do domingo, começando alegremente o carnaval na cidade de Nazareth, fazendo a alegria de todos e estimulando outros a criarem seus blocos. 
             O Zé Pèreira,  forma de diversão carnavalesca caracterizada por um ou vários foliões tocando bumbos e desfilando em parada, surgiu em Nazaré da Matra, no ano de 1891, na noite de sábado gordo, onde saíram seus componentes conduzindo lanternas coloridas na extremidade de uma varinha, cantando pelas ruas ao som da fanfarra:

   "  E viva o Zé Pereira.


Pois a ninguém faz mal
E viva a bebedeira
Nos dias de Carnaval"

                 O carnaval nazareno continua mágico, alegre e contagiante, por que o povão é o seu principal protagonista, criando seus blocos, orquestras e fantasias, tornando os três dias de Momo uma celebração a vida, resgatando a identidade nacional e o fortalecimento da democracia, pois nele o povo se vestindo dos personagens mais polêmicos do mundo desabafam, gritam, não um grito violento mais um grito cheio de humor e alegria, pois o Carnaval é isso. ALEGRIA!

Postar um comentário

0 Comentários